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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O uso do Computador como Ferramenta de Ensino

"O uso do Computador como Ferramenta de Ensino"

O ensino pelo computador, segundo Valente implica que o aluno, através da máquina, possa adquirir conceitos sobre praticamente qualquer domínio. Entretanto, a abordagem pedagógica de como isso acontece é bastante variada, oscilando entre dois grandes pólos.

Esses pólos são caracterizados pelos mesmos ingredientes: computadores (hardware), o software (o programa de computador que permite a interação homem-computador) e o aluno. Porém, o que estabelece a polaridade é a maneira como esses ingredientes são usados. Num lado, o computador, através do software, ensina o aluno. Enquanto no outro, o aluno, através do software, "ensina" o computador. Quando o computador ensina o aluno o computador assume o papel de máquina de ensinar e a abordagem educacional é a instrução auxiliada por computador.

Essa abordagem tem suas raízes nos métodos de instrução programada tradicionais porém, ao invés do papel ou do livro, é usado o computador. Os softwares que implementam essa abordagem podem ser divididos em duas categorias: tutoriais e exercício-e-prática ("drill-and-practice"). Um outro tipo de software que ensina é dos jogos educacionais e a simulação. Nesse caso, a pedagogia utilizada é a exploração auto-dirigida ao invés da instrução explícita e direta.

Em 1984 o Congresso Nacional aprovou a primeira Lei de Informática, estruturando a indústria brasileira. Entre diversas barreiras, a maior foi a ausência de mão-de-obra qualificada para atuar neste setor. Precisávamos de técnicos especialistas formados em nível superior e médio e assim o Ministério da Educação e Cultura (MEC) passou a ser co-responsável para atingir a meta de introduzir o Brasil no rol dos países desenvolvidos e tecnológicos. O MEC elaborou currículos e efetivou os primeiros cursos para propiciar a formação adequada aos profissionais da informática. O primeiro uso da informática na educação foi o próprio ensino da informática e da computação. Logo se apresentou uma segunda maneira, que era o emprego da informática como ferramenta de ensino, diferente do ensino de informática propriamente dito. A saída mais plausível para que o professor possa empregar a informática educacional com mais tranqüilidade e naturalidade no seu cotidiano é fornecer a ele cursos, além, é claro, de uma infraestrutura adequada e condições mínimas para realizar seu trabalho.

Para a construção de projetos em multimídia e/ou softwares educativos pedagógicos que irão trabalhar o desenvolvimento cognitivo do usuário é mister que se use e aplique os conceitos psicopedagógicos, o construtivismo de Piaget, o interacionismo de Vygotsky e o construcionismo de Papert, como pilares no trabalho com a informática na educação. Devemos estar com olhares críticos da utilização de instrumentos pelo homem como elementos para organizar e alterar o real, onde se encaixa perfeitamente o computador e a informática. Saymour Paypert contribui também na criação da linguagem LOGO e, José Armando Valente (Nied/UNICAMP) nos ajudará com preciosas informações sobre a linguagem LOGO, e o uso do computador na educação.

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